quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma flor que morre ou uma que renasce?

  Uma das falas que mais me chamou a atenção em Gods Eater Burst é (estranhamente) a de uma NPC (personagem não-jogável) que não tem qualquer importância para a história principal do jogo, mas que traz um significado de amplitude de mundo gigantesco. Essa fala vem de uma garota (provavelmente por volta de seus 10 anos de idade) e ela mostra uma sensação de vazio e desolação que contribuem muito para que o jogador se situe em relação ao mundo em que vive.
  A menina diz: "Meus pais me disseram que vão me mostrar uma flor! Me pergunto se é algo bom de comer!". Essa frase me chocou muito e me fez analisar a história do jogo mais a fundo e, através disso, rever o mundo através de pontos tão cotidianos e banais que muitas vezes têm grande importância, mas não são vistos como relevantes na maior parte das vezes.
  O principal ponto a que a flor me levou foi a refletir sobre como existem pequenas coisas como uma flor que são tão belas e que precisam de cuidados para se manter para as próximas gerações. Com isso, eu poderia simplesmente parar e falar sobre a importância de preservar o meio ambiente como muitas pessoas no meu lugar faria. Mas eu observei algo a mais: representatividade.
  Uma flor para (a maioria de) nós representa beleza (e com ela, talvez amor, carinho, amizade, prosperidade, esperança e outras infinitas [sim, infinitas] possibilidades). Mas para a menina essas infinitas possibilidades abstratas não eram conhecidas. Ela não conhecia uma flor. Ela não tinha tido contato com a beleza já que o mundo de sua época tinha sido (quase que) completamente destruído pelos Aragamis que deixaram (aos olhos humanos) somente destruição por onde passaram.
  Então pensei em como é triste perder algo tão bonito quanto a beleza, a pura e simples qualidade dos seres que nos encantam. Entretanto ao procurar por esta imagem e principalmente ao avistá-la é que pensei no quanto (como é dito no jogo Kingdom Hearts) "é nas mais profundas trevas que se encontra (mesmo que praticamente invisível) a mais verdadeira das luzes." E ao interpretar esta proposição, pode-se chegar a um outro pensamento (ou pelo menos foi o que me ocorreu) de que é através da tristeza que percebemos a alegria, é através da morte que vemos a beleza da vida, é pela perda da beleza que se dá valor a ela, etc.
  Talvez (e eu espero que sim), mesmo que a humanidade passasse por um processo similar ao do jogo (se é que não passa por essas crises de significados e significantes no decorrer da história [como acredito que ocorra]), ainda haveria esperança de outra flor desabrochar e mostrar uma nova beleza que, mesmo que inicialmente solitária, trouxesse à luz outras belezas até então desconhecidas. Porque mesmo quando algo que é belo perde seu valor, algo que até então não era enxergado como belo pode enfim vir à luz.
  Isso é tudo! 
                                                                                                        ~ Raytamer

P.S.: Por favor deixe seu comentário abaixo. Porque é através do diálogo que se traz a flor à luz. ;)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Análise sobre o lado mesquinho do ser humano

 
  Após jogar mais um pouco de Gods Eater Burst, me vi tentado a questionar o quão vis algumas das ações humanas são. Acompanhe a reflexão por sua conta e risco, já que haverão spoilers sobre os acontecimentos do jogo (principalmente os ligados à parte do jogo a que cheguei).
  
  SPOILER ALERT!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  Alisa é uma personagem muito peculiar de Gods Eaters Burst. Aliás, o jogo consegue desenvolver as particularidades dos personagens muito bem. Quando ela era pequena, Alisa quis brincar de esconde-esconde com seus pais em um prédio abandonado. Ela se escondeu em um guarda-roupa velho e esperava seus pais a encontrarem, mas quando eles se aproximaram do local onde a menina estava, um Aragami apareceu e comeu os pais dela. E isso aconteceu na frente dela. Ela se sentiu culpada já que tinha sido ela que tinha levado os pais a ir ao local. A partir daquele dia, ela passou a ter problemas mentais ligados a esse trauma.
  Um dia, contudo, foi cogitada a entrada dela para a organização Fenrir (a organização que luta contra os Aragamis e desenvolve tecnologias e "soldados" eficientes para aniquilá-los). Ela foi transferida a um hospital da organização e passou por um treinamento intensivo que a permitiria lutar contra os Aragamis. Com isso, ela se tornou uma New-Type Gods Eater muito eficiente e que priorizava a eficiência da ação e não se importava com os sentimentos de seus companheiros. Ela sempre criticava os métodos do Lindow, um Gods Eater mais experiente que afirmava ser mais importante voltar vivo da missão do que concluí-la. E essa personalidade da Alisa se mostra muito bem até mesmo nas fases, já que, quando eu a colocava no time, ela era a que mais causava dano aos companheiras sem querer. Isso poderia ser interpretado como uma forma de mostrar que para ela a missão é bem mais importante que os companheiros.
  Porém o ponto mais interessante do passado dela (e o que me levou a esta postagem) foi seu treinamento para se tornar uma Gods Eater. Até onde eu vi, me parece que ela sofreu uma espécie de lavagem cerebral que a levou a esse ponto de uma Gods Eater focada na missão. E aí, eu me perguntei: já não bastava o sofrimento pelo qual ela passou? Ela tinha que ser usada pela organização de tal forma que suas emoções fossem deixadas para o segundo plano? Pior de tudo é que (ao que me parece) eles ainda fizeram com que ela acreditasse que Lindow era o verdadeiro inimigo (com a provável intenção de apagá-lo já que ele [ao que me parece] estava se infiltrando nos detalhes mais perigosos e sórdidos da organização), o que levou a um momento bem interessante da história.
  Por hoje é só. Não estou afirmando nada do tipo "O homem é mau" (até porque isso seria resumir muito as ações humanas). Só gostaria que aqueles que lerem este blog reflitam sobre as ações das pessoas ao nosso redor e as nossas próprias ações.
  Vocês não concordam que transformar o outro em um objeto (ou instrumento) é errado? Como é seu ponto de vista em relação a esse tipo de análise moral? Coloque seu ponto de vista nos comentários! ;) É atráves da discussão que nós progredimos na criação de nosso ponto de vista.
  Até mais
                                                                                              ~ Raytamer

terça-feira, 29 de março de 2011

E se...


  Venho jogando Gods Eater Burst e me percebi refletindo sobre o futuro do mundo. Para quem não sabe, Gods Eater Burst é um jogo que se passa em um futuro hipotético. Segundo a história, um dia surgiu no mundo (de alguma forma desconhecida [pelo menos na parte q eu estou]) celúlas Oracle que teriam se desenvolvido e dado origem a seres com extrema capacidade de adaptação aos meios a que são submetidos, os Aragamis. Com isso, eles se tornaram predadores em potencial do ser humano e conseguiram causar grande destruição em boa parte do mundo.
  Uma das características marcantes dos Aragamis é sua capacidade de analisar (não é da mesma forma que nós analisamos coisas que lemos, mas de uma forma aparentemente mais instintiva) informações diversas (por exemplo, fisiológicas) daquilo do que se alimentam e se aproveitar disso para se desenvolverem em novas formas de Aragami. Com isso, o professor (que está presente no jogo) discute se não seria possível uma coexistência entre as pessoas e os Aragamis fazendo com que eles fossem domesticados. Em outro momento, ele se questiona: "E se um Aragami num futuro próximo tomasse a forma de um humano?".
  O jogo me é muito interessante e me levou a uma reflexão profunda sobre a questão da vida, da adaptação e da evolução como vistos nos estudos de Ciências Biológicas. Mas tem uma curiosidade muito interessante colocada pelo jogo: "Desde que os Aragamis surgiram, eles não modificaram nem um pouco sua estrutura genética! Como então eles se modificaram tanto e se adaptaram a meios tão diversos?"
 
  Por hoje é só! Algum comentário? Pode mandar. ;)

                                                                                    ~ Raytamer

segunda-feira, 28 de março de 2011

Começar

  Oi, eu sou o Ray! Este é meu primeiro post no blog. Não estou acostumado com isso, mas vou colocar uma ligeira introdução ao blog.
  Este blog tem como finalidade refletir minhas experiências e, se possível, levar os leitores a discutirem sobre os meus pontos de vista (e os deles também) e sobre as diversas situações que se apresentarem neste blog.
  Como tema principal (mas provavelmente não o único tema a ser colocado neste blog), pretendo me focar nos games (aos quais tenho imensa admiração).
  De vez em quando pretendo trazer algum conteúdo extra relacionado a cada postagem. Por enquanto é só isso. ;)
  Quanto ao nome do blog é uma referência (não muito bem feita) a uma das séries de jogos que eu mais gosto e uma que provavelmente será mostrada no decorrer do desenvolvimento do blog: Ar Tonelico.
  Até a próxima postagem!

                                                                                             ~ Raytamer