quarta-feira, 30 de março de 2011

Análise sobre o lado mesquinho do ser humano

 
  Após jogar mais um pouco de Gods Eater Burst, me vi tentado a questionar o quão vis algumas das ações humanas são. Acompanhe a reflexão por sua conta e risco, já que haverão spoilers sobre os acontecimentos do jogo (principalmente os ligados à parte do jogo a que cheguei).
  
  SPOILER ALERT!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  Alisa é uma personagem muito peculiar de Gods Eaters Burst. Aliás, o jogo consegue desenvolver as particularidades dos personagens muito bem. Quando ela era pequena, Alisa quis brincar de esconde-esconde com seus pais em um prédio abandonado. Ela se escondeu em um guarda-roupa velho e esperava seus pais a encontrarem, mas quando eles se aproximaram do local onde a menina estava, um Aragami apareceu e comeu os pais dela. E isso aconteceu na frente dela. Ela se sentiu culpada já que tinha sido ela que tinha levado os pais a ir ao local. A partir daquele dia, ela passou a ter problemas mentais ligados a esse trauma.
  Um dia, contudo, foi cogitada a entrada dela para a organização Fenrir (a organização que luta contra os Aragamis e desenvolve tecnologias e "soldados" eficientes para aniquilá-los). Ela foi transferida a um hospital da organização e passou por um treinamento intensivo que a permitiria lutar contra os Aragamis. Com isso, ela se tornou uma New-Type Gods Eater muito eficiente e que priorizava a eficiência da ação e não se importava com os sentimentos de seus companheiros. Ela sempre criticava os métodos do Lindow, um Gods Eater mais experiente que afirmava ser mais importante voltar vivo da missão do que concluí-la. E essa personalidade da Alisa se mostra muito bem até mesmo nas fases, já que, quando eu a colocava no time, ela era a que mais causava dano aos companheiras sem querer. Isso poderia ser interpretado como uma forma de mostrar que para ela a missão é bem mais importante que os companheiros.
  Porém o ponto mais interessante do passado dela (e o que me levou a esta postagem) foi seu treinamento para se tornar uma Gods Eater. Até onde eu vi, me parece que ela sofreu uma espécie de lavagem cerebral que a levou a esse ponto de uma Gods Eater focada na missão. E aí, eu me perguntei: já não bastava o sofrimento pelo qual ela passou? Ela tinha que ser usada pela organização de tal forma que suas emoções fossem deixadas para o segundo plano? Pior de tudo é que (ao que me parece) eles ainda fizeram com que ela acreditasse que Lindow era o verdadeiro inimigo (com a provável intenção de apagá-lo já que ele [ao que me parece] estava se infiltrando nos detalhes mais perigosos e sórdidos da organização), o que levou a um momento bem interessante da história.
  Por hoje é só. Não estou afirmando nada do tipo "O homem é mau" (até porque isso seria resumir muito as ações humanas). Só gostaria que aqueles que lerem este blog reflitam sobre as ações das pessoas ao nosso redor e as nossas próprias ações.
  Vocês não concordam que transformar o outro em um objeto (ou instrumento) é errado? Como é seu ponto de vista em relação a esse tipo de análise moral? Coloque seu ponto de vista nos comentários! ;) É atráves da discussão que nós progredimos na criação de nosso ponto de vista.
  Até mais
                                                                                              ~ Raytamer

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